Por Renato Morandi
Uma Casa Muito Especial Parte 4 - Não Fazer
Chegamos na última de quatro preferências com que os seres humanos iniciam o estabelecimento de contato entre si, de acordo com Paul Ware e a metáfora das CASAS ESPECIAIS, criada por Rosemary Napper. Esta CASA ESPECIAL é a do “Não Fazer” e apresenta as seguintes características: seu DONO é reservado, procura deixar que os outros tomem a iniciativa do contato com ele, necessita ficar à vontade e tem um “tempo” para envolver-se socialmente com outros. Algumas vezes ele pode não responder quando você bate na porta - a qual poderá encontrar aberta - porém sem reações instantâneas a estímulos fornecidos.
Este DONO é reservado ao falar e prefere ser um observador. Ele é persistente e um excelente seguidor de procedimentos, atua bem em crises e é uma pessoa com boa confiança e aparente calma. Preservando-se o espaço e não avançando sinais, ele nos convidará para entrarmos e sentarmos na sala de estar, onde conversaremos então sobre o que ele pensa. Suas ideias aparecem e começam a ficar claras, lógicas e consistentes.
Em algum momento ele poderá falar o que sente. Fique atento para não trazer este assunto ou supor que, pelo fato dele o ter abordado, você pode explorá-lo.
Este assunto está reservado para o quarto de dormir e, como uma parte íntima da casa, deverá ser respeitada. Ações e comentários cautelosos são requeridos neste aposento.
Você é dono ou conhece alguém que tem uma casa como esta?
Nesta casa especial você só entra se perceber nos primeiros minutos como agir. E depois que entrar, ser sensível aos temas reservados. Não é uma casa nem melhor nem pior que as outras três (Sentir, Pensar, Fazer). É uma casa distinta, onde agora que você a conhece, poderá observar e encontrar formas de lidar com seu DONO.